Sinopse e análise por Demetrius Silva
Enquanto um filho viciado ganha dinheiro vendendo drogas, uma dona de casa toma inibidores de apetite para aparecer esbelta em programa de tv.
O segundo trabalho de Darren Aronofsky (o cara por trás do excelente e elogiado Pi) é uma incômoda descida ao inferno da dependência química. O longa faz bom uso da tecnologia digital para criar imagens que traduzem tanto a sensação de euforia, quanto a angústia provocada pelo consumo pesado de narcóticos, pela falsa felicidade que oferecemos para nós mesmos através dos vícios, seja eles quais for, a degradação familiar e a corrosiva esperança de sonhar, talvez o que mais precioso temos nas nossas vidas.
Existe um paralelo intrigante no filme, das drogas ilegais e o uso de drogas aceitas pela sociedade como remédio para emagrecer, por exemplo.
Digamos que é quase um filme realista de terror, a obra parte do romance de Hubert Selby Jr. (de Noites Violentas no Brooklyn) e é uma inquietante investigação sobre a decadência moral e social dos Estados Unidos.
Com trilha sonora escolhida a dedo e um constante clima de pesadelo, Aronofsky extraiu a melhor interpretação em anos da veterana Ellen Burstyn, do filme “O Exorcista”, que foi indicada ao Oscar em 2001 na categora Melhor Atriz.
Início da sessão: 21h
Duração: 102min
Nenhum comentário:
Postar um comentário